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Ana Luísa Rosa

Guardar e transmitir as informações de um grande clube de futebol é um desafio e tanto, em especial em tempos de fake news e necessidade imediata de notícias. E quem enfrenta esse desafio diário no São Paulo Futebol Clube é Ana Luísa Rosa, de 32 anos, jornalista e coordenadora de comunicação do clube paulista.
Trabalhar com o que ama é incrível, e por isso Ana é duas vezes feliz. Primeiro pela atividade, que escolheu ainda na adolescência e, mesmo desencantada com o mercado, escolheu viver o sonho. Segundo pela paixão de criança, pelo futebol e principalmente pelo São Paulo.
Desde a faculdade já escrevia para sites amadores, de torcida, sobre o time de coração. Teve a oportunidade de conhecer o centro de treinamento para uma matéria especial, começou a ganhar espaço. "Fui convidada por um colega a ser repórter de um site exclusivo sobre o São Paulo, o Estação Tricolor. Cobria o clube diariamente. Um ano depois, fui chamada para estagiar na assessoria de imprensa do clube, como repórter"
De repórter do site, Ana foi efetivada assim que concluiu a faculdade e mudou para o Departamento de Comunicação para cuidar de outros assuntos: assessoria de base, suporte de imprensa do estádio do Morumbi, entre outros.
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Tenho contato com o futebol desde sempre. Já criança, assistia aos jogos do São Paulo com a minha mãe em casa e do Olímpia FC no estádio, com meu pai. Eles são minha inspiração, principalmente minha mãe, que sempre gostou de futebol.
Nos bastidores do futebol, Ana garante que nunca foi sexualizada como mulher, nem mesmo sofreu casos de assédio ou foi desqualificada pelo gênero, mas isso não anula esses acontecimentos dentro desse espaço. "Nunca me senti inferiorizada por homens, inclusive fui contratada por homens quando comecei, que apostaram no meu potencial. Nunca presenciei casos como esses no São Paulo, mas sim entre outras colegas da imprensa e torcedoras.
Como profissional, a assessora se considera uma pessoa privilegiada por não ter vivido situação de constrangimento pelo simples fato de ser mulher. Já como torcedora, a história é diferente. "Acho que há muito o que melhorar no respeito dos torcedores com as mulheres em estádios e também em questões simples, como tratamento dado na revista da Polícia Militar, banheiros e também nas opções de uniformes, roupas e itens esportivos para o público feminino", destaca.

Os espaços estão sendo preenchidos por mulheres como Ana Luísa Rosa. "Estamos ganhando cada vez mais espaço, muito em função das lutas pelas quais brigamos, mas ainda há bastante o que melhorar, principalmente na visão dos próprios colegas. Acredito que ainda há machismo entre os jornalistas com jornalistas mulheres, mesmo que velado - na minha experiência, nunca encontrei problemas com atletas e treinadores, por exemplo", assume.
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