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Anna Paula Romão, 21 anos, Anápolis (GO)

Desde criança sou São Paulina. Os maiores casos de mansplaining que sofri foram em momentos de palpites de jogos. Acompanho muito e na Copa do Mundo fizemos um bolão entre amigos, eu era a única menina no grupo entre cinco rapazes. Fiz meu palpite e fui a única a acertar, deram desculpas, falaram que se tratava de sorte de principiante e por eu ser mulher eu não merecia receber o dinheiro do bolão, já que eu nem deveria gostar de futebol.

 Lourrane Felício, 21 anos, Brasília (DF)

Num jogo do Flamengo, em Brasília, ouvi um comentário diretamente relacionado a mim que dizia que "mulher no estádio, claro que vamos perder".

Eu sou fã de futebol desde criança, assistia com meu pai e ele nunca me tratou com indiferença. Porém, pra fazer parte de rodinha de conversa sobre futebol, até mesmo dentro da família, tive que "provar" muita coisa pra conseguir conversar ou que escutassem minha opinião. Coisas do tipo, explicar o que é impedimento, quando é pênalti, nome de jogadores do meu time, os títulos e coisas desse tipo. Fora que quando comento em algo pelas redes sociais muitas vezes recebo comentário do tipo: "vai lavar uma louça que é melhor", "lugar de mulher é na cozinha" etc. mesmo que meu comentário tenha sido igual de outro homem…

Gabriele Almeida, 21 anos, Cuiabá MT.

As explicações vêm natural, do nada alguém vem e palpita. Mesmo sem eu perguntar. E assédio quando vou ao banheiro nos intervalos. Hoje não, porque assisto os jogos com meu noivo mas quando solteira, demais. Sempre fui a estádio, aliás, sozinha, e com amigas. Ficava no meio da torcida organizada.

Ana Paula Viana, 26 anos, Brasília (DF)

Apito Verde

Impedimentos

Copyright © 2019 | Impedimentos

EXPEDIENTE:

Projeto Experimental

Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo

Universidade Salvador (UNIFACS) 2019.2 

Reportagem:

Amanda Souza

Desenvolvimento web:

Amanda Souza

Imagens:

Amanda Souza

Edição:

Amanda Souza

Orientação:

Prof.ª Mariana Alcântara

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